Os escritores de primeira viagem têm sempre certa relutância
ao escrever qualquer coisa.
E comigo não foi diferente. “Escrevo” desde que aprendi a
escrever. Quando lia um livro e o achava interessantíssimo, me sentia competente
o suficiente para fazer o mesmo. Ma,s na maioria das vezes, só conseguia uma
cópia barata da história original.
As ideias sempre vinham, sejam de sonhos mirabolantes – os
quais têm muitos- ou de outras histórias. Inspiração nunca faltou.
Na hora de
escrever, falta jeito, falta verbo, falta palavra, falta sujeito, adjetivo,
predicado, português, matemática, biologia, astronomia e até culinária. A arte
de escrever é complicada, pois, como dizia Ludwig Wittgenstein, "as fronteiras da
minha linguagem são as fronteiras do meu universo".
Corajoso é aquele que escolhe desbravar esse mar de dúvidas,
escolhas e imaginação.
Sempre que vamos escrever alguém já o fez; essa ideia já foi
pensada, já foi idealizada, escrita, ouvida, transcorrida e modificada.
A profissão de escritor ficou ingrata, aliada a textos
tecidos de maneiras simples e repetitivos. Então o que escrever? Sempre há o
que escrever.
Se você imaginar que todas as palavras já estão aí, que todas
as ideias e pensamentos já pairam no ar e tudo que você precisa fazer é apenas
traduzi-los... fácil e difícil.
Então aos escritores de primeira viagem, assim como eu,
digo: Arrisquem-se!
Escrever é a arte da imaginação.
Simone Vilalva
Me identifiquei muuuito
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