quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Uma primeira postagem

Os escritores de primeira viagem têm sempre certa relutância ao escrever qualquer coisa.
E comigo não foi diferente. “Escrevo” desde que aprendi a escrever. Quando lia um livro e o achava interessantíssimo, me sentia competente o suficiente para fazer o mesmo. Ma,s na maioria das vezes, só conseguia uma cópia barata da história original.

As ideias sempre vinham, sejam de sonhos mirabolantes – os quais têm muitos- ou de outras histórias. Inspiração nunca faltou.


Na hora de escrever, falta jeito, falta verbo, falta palavra, falta sujeito, adjetivo, predicado, português, matemática, biologia, astronomia e até culinária. A arte de escrever é complicada, pois, como dizia Ludwig Wittgenstein, "as fronteiras da minha linguagem são as fronteiras do meu universo".


Corajoso é aquele que escolhe desbravar esse mar de dúvidas, escolhas e imaginação.

Sempre que vamos escrever alguém já o fez; essa ideia já foi pensada, já foi idealizada, escrita, ouvida, transcorrida e modificada.

A profissão de escritor ficou ingrata, aliada a textos tecidos de maneiras simples e repetitivos. Então o que escrever? Sempre há o que escrever.

Se você imaginar que todas as palavras já estão aí, que todas as ideias e pensamentos já pairam no ar e tudo que você precisa fazer é apenas traduzi-los... fácil e difícil.

Então aos escritores de primeira viagem, assim como eu, digo: Arrisquem-se!

Escrever é a arte da imaginação.

Simone Vilalva

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