Lembro de deitar no gramado da minha amiga e
olhar para o céu, me aproximar dele, tudo ganhou relevo, e tinha um som próprio, uma cor única. A vida
pulsava de fora para dentro, eu podia a sentir, era tão sólida que eu quase podia a
tocar. Por um instante, era como se eu não fosse um , eu era
tudo, eu fazia parte do todo.
Cada momento era a hora de uma ação dentro de um ciclo do infinito. Sempre havia uma coisa maior, maior
e maior.
Me vi poeira, pó, cosmos.
Eu voei e levitei e fui tragada pelo “pra
sempre” numa roda de euforismo.
E tudo que era cosmo, virou caos, e a
ação virou inércia e a roda parou , e a música silenciou, as cores morreram e a dança se aquietou.
Aos poucos senti minha vida ser sugada, minuto a minuto deixava de participar do ciclo de ação.
Eu encolhi e afoguei
no meu sangue, tudo ficou negro.
Agora éramos eu e o
nada.
Para ouvir: The End - The Doors
Para se Impressionar: Animação EndTrip
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